quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Ser Real

Sentado numa cadeira,
Minha voz fica silente.
Pousada no silêncio,
Imaginando-se ser ouvida.

Pego num livro.
Mas ele nada me diz.
Está em branco…
Um branco tão apetecível que se torna incomparável a nada.

Peguei numa caneta tão muda e apetecível quanto o livro.
E na simplicidade real de pegar numa caneta
Abracei inspiração.

Escrevendo naquele livro branco.
Tão metafísico quanto eu.
Derramei lágrimas de espanto
Tão cruciais como mitos de Prometeu.

Deram-me a sede que minha alma precisava.
A vontade do tudo ou nada
Pois a vida nesse momento ensinou-me
Que ela sem extremos, seria como guerreiro sem espada.

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